terça-feira, 5 de outubro de 2010
Abertura do mês Missionário: " Missão é Partilha"
O fato do mês de outubro ser dedicado à missão, não se trata de nenhuma novidade. O novo com relação a questão é que, a partir de Aparecida, o espírito missionário tornou-se mais urgente e comprometedor em toda a Igreja.
É bom que todos os batizados se conscientizem que é missão de cada um ser evangelizado e evangelizador. Que todos sejam de fato discípulos missionários de Jesus Cristo.
A palavra chave do Documento de Aparecida é Missão. Se a Igreja no Brasil escutar os apelos da V Conferência de Aparecida, o mês missionário terá mais de 31 dias. Será traduzido em atitudes missionárias no decorrer de todo o ano.
Quando se fala em missão, o que não podemos ter, é a tentação de fazê-la de qualquer jeito e sem clareza de objetivos. “Ai de mim se não anunciar o Evangelho” (1Cor9,16).
A missão não é uma tarefa opcional, mas parte integrante da identidade cristã. Hoje podemos dizer que ninguém deve ficar fora do processo da missionariedade, pois não se trata de sujeitos da missão, mas de interlocutores: o evangelizador é também evangelizado.
É missão de cada dia, nos a abrir em direção ao coração da humanidade. A dimensão ad gentes da missão, deve estar sempre presente em toda ação missionária da Igreja. Por isso o Conselho Missionário Nacional, COMINA, leva aos senhores (as), a motivação para uma vivência missionária alegre e cheia de esperança neste mês das missões, lembrando o tema da campanha missionária: Missão e Partilha. Lema: “Ouvi o clamor do meu povo”; pois na partilha se faz comunhão. Vamos viver com alegria e entusiamo, compromisso e vibração este tempo da Graça de Deus no meio de sua Igreja, que é por natureza missionária.
Texto e foto: Pe. José Altevir da Silva, CSSp
secretário executivo do COMINA
assessor da Dimensão Missionária - CNBB
Santa Teresinha do Menino Jesus
"Não quero ser Santa pela metade, escolho tudo".
Francesa, que nasceu em Aliçon, 1873, e morreu no ano de 1897. Santa Terezinha não só descobriu no coração da Igreja que sua vocação era o amor, mas sabia que o seu coração - e o de todos nós - foi feito para amar. Terezinha entrou com 15 anos no Mosteiro das Carmelitas, com a autorização do Papa e sua vida passou na humildade, simplicidade e confiança plena em Deus.
Todos os gestos e sacrifícios, do menor ao maior, oferecia a Deus, pela salvação das almas, e na intenção da Igreja. Santa Terezinha do Menino Jesus e da Sagrada Face esteve como criança para o pai, livre igual a um brinquedo aos cuidados do Menino Jesus, e tomada pelo Espírito de amor, que a ensinou a pequena via da infância espiritual.
O mais profundo desejo do coração de Terezinha era ter sido missionária "desde a criação do mundo, até a consumação dos séculos". Sua vida nos deixou como proposta, selada na autobiografia "História de uma alma", e como intercessora dos missionários sacerdotes e pecadores que não conheciam Jesus, continua ainda hoje, vivendo o Céu, fazendo o bem aos da terra.
Proclamada padroeira das missões em 1927, padroeira secundária da França em 1944, e Doutora da Igreja, que nos ensina o caminho da santidade pela humildade em 1997, na data do seu centenário. ela mesma testemunha que a primeira palavra que leu sozinha foi: " céus "; agora a última sua entrada nesta morada, pois exclamou : " meu Deus, eu vos amo...eu vos amo ".
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Escala dos Acólitos e Coroinhas
Ministério dos Acólitos e Coroinhas.
São Tarcísio.
Capela São Camilo de Léllis.
DOMINGO – 9:00 hs
ACÓLITO COROINHAS
06/06 Edenilson, Guilherme, Bruno. Allef, Antonio, Matheus.
13/06 Guilherme, Bruno, Victor. Antonio, Allef, Lucas.
20/06 Edenilson, Bruno. Matheus, Lucas, Allef.
27/06 Guilherme, Victor, Edenilson. Antonio, Matheus, Lucas.
SEXTA – FEIRA – 19:30 hs
ACÓLITO COROINHAS
04/06 Bruno, Edenilson, Victor. Aleff, Antonio, Matheus.
11/06 Guilherme, Edenilson, Victor. Antonio, Allef, Antonio.
18/06 Edenilson, Bruno, Guilherme. Allef, Antonio, Matheus.
25/06 Bruno, Guilherme, Victor. Allef, Antonio, Matheus.
São Tarcísio.
Capela São Camilo de Léllis.
DOMINGO – 9:00 hs
ACÓLITO COROINHAS
06/06 Edenilson, Guilherme, Bruno. Allef, Antonio, Matheus.
13/06 Guilherme, Bruno, Victor. Antonio, Allef, Lucas.
20/06 Edenilson, Bruno. Matheus, Lucas, Allef.
27/06 Guilherme, Victor, Edenilson. Antonio, Matheus, Lucas.
SEXTA – FEIRA – 19:30 hs
ACÓLITO COROINHAS
04/06 Bruno, Edenilson, Victor. Aleff, Antonio, Matheus.
11/06 Guilherme, Edenilson, Victor. Antonio, Allef, Antonio.
18/06 Edenilson, Bruno, Guilherme. Allef, Antonio, Matheus.
25/06 Bruno, Guilherme, Victor. Allef, Antonio, Matheus.
Solenidade de São Pedro e São Paulo Apóstolos
Solenidade de São Pedro e São Paulo Apóstolos
Dar a vida é sinal de amor
MEUS IRMÃOS E MINHAS IRMÃS!
CELEBRAMOS a solenidade de Pedro e Paulo apóstolos, as colunas na qual a Igreja de Jesus se edificou. O tema da liturgia é: reconhecer Jesus Ressuscitado como Senhor significa dar a vida pelo seu Projeto de Amor.
Pedro é o apóstolo chamado pelo Cristo, no mar da Galiléia, por isso, recorda a Instituição; Paulo convertido, no caminho de Damasco, mostra o carisma e a pastoral. O primeiro viveu com o Cristo, o segundo o conheceu, primeiro como um adversário mas depois de uma visão o compreende como Mestre e Senhor, por isso de perseguidor passa a perseguido.
A vitória da morte uniu os dois como irmãos, pois, pelo sangue derramado fecundaram a Boa Nova do Senhor.
A pergunta de Jesus no Evangelho de hoje coloca os discípulos em uma situação difícil, e causa em nós uma provocação: ‘Quem sou eu para vocês?’
Simão responde com sabedoria: ‘Tu és o Cristo, filho de Deus’. Isto significa que para ele não há outro homem mais importante, Jesus é o ungido de Deus.
Pela sua profissão de fé leva até a morte o Evangelho às criaturas, por isso, como apóstolo modelo, morre igual ao mestre: numa cruz. Pedro é agora a pedra na qual a Igreja de Jesus será edificada. Recebe autoridade de ser o chefe da comunidade e tem o poder de ligar e desligar os homens de Deus.
Paulo responde ao questionamento de Jesus indiretamente. Pelo testemunho de vida, após a sua conversão, traz para a Igreja de Cristo muitos seguidores. Abraça a morte com tranqüilidade e compara-a como um soltar as velas de um barco para que este alcance o seu destino. Ele mesmo termina dizendo que combateu o bom combate, completou a corrida; por isso lhe será reservada a coroa da justiça, que é símbolo da imortalidade.
Evangelizou nos grandes centros e falou com autoridade, também quis ele com a vida deixar um exemplo para a comunidade.
Celebrar o martírio destes dois grandes homens nos deixa uma bela e clara lição, que é continuar a missão de Jesus, sem medo, confiando na graça de Deus e evitando a presunção e o orgulho.
Que o sangue do martírio desses dois grandes apóstolos nos sirvam como exemplo e motivação para melhor desenvolver o nosso trabalho de missão na comunidade.
Pe. Luiz Ferro
Paróquia São Pedro Apóstolo - Ribeirão Preto/SP
Fonte: Arquidiocese de Ribeirão Preto
sábado, 22 de maio de 2010
O que é Pentecostes?
Era para os judeus uma festa de grande alegria, pois era a festa das colheitas. Ação de graças pela colheita do trigo. Vinha gente de toda a parte: judeus saudosos que voltavam a Jerusalém, trazendo também pagãos amigos e prosélitos.
Eram oferecidas as primícias das colheitas no templo. Era também chamada festa das sete semanas por ser celebrada sete semanas depois da festa da páscoa, no qüinquagésimo dia. Daí o nome Pentecostes, que significa "qüinquagésimo dia". No primeiro pentecostes, depois da morte de Jesus, cinqüenta dias depois da páscoa, o Espírito Santo desceu sobre a comunidade cristã de Jerusalém na forma de línguas de fogo; todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas (At 2,1-4). As primícias da colheita aconteceram naquele dia, pois foram muitos os que se converteram e foram recolhidos para o Reino. Quem é o Espírito Santo?
O prometido por Jesus: "...ordenou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem a realização da promessa do Pai a qual, disse Ele, ouvistes da minha boca: João batizou com água; vós, porém, sereis batizados com o Espírito Santo dentro de poucos dias" (At 1,4-5).
Espírito que procede do Pai e do Filho: "quando vier o Paráclito, que vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade que vem do Pai, ele dará testemunho de mim e vós também dareis testemunho..." (Jo 15 26-27). O Espírito Santo é Deus com o Pai e com o Filho. Sua presença traz consigo o Filho e o Pai. Por Ele somos filhos no Filho e estamos em comunhão com o Pai.
Qual é sua missão: Introduzir-nos na comunhão do Filho com o Pai, santificando-nos e fazendo-nos filhos com Jesus.
Fortalecer-nos para a missão de testemunhar e anunciar Jesus ao mundo. Para isso recebemos a plenitude de seus dons bem como a capacidade de proclamar a todos a quem somos enviados o Evangelho de Jesus. O Espírito Santo é o AMOR do Pai e do Filho derramado em nossos corações.O amor é fogo que arde, é chama que aquece e é força que aproxima e une. O milagre das línguas é este: tomados pelo amor de Deus os homens passam a viver uma profunda comunhão e entre eles se estabelece a concórdia e a paz destruída pelo orgulho de Babel, raiz da discórdia e da confusão das línguas.
Guiar a Igreja nos caminhos da história para que ela permaneça fiel ao Senhor e encontre sempre de novo os meios de anunciar eficazmente o Evangelho. E isto o Espírito Santo o faz assistindo os pastores, derramando seus carismas sobre todo o Povo e a todos sustentando na missão de testemunhar o Evangelho. É pelo Espírito Santo que Jesus continua presente e atuante na sua Igreja.
Quem O recebe? Todos os que são batizados e crismados.
Quem dele vive? Somente aqueles que procuram guardar a Palavra do Senhor no esforço de conversão, na oração e no empenho em testemunhar e anunciar o Evangelho de Jesus.
Quem crê no Espírito Santo e procura viver Dele, é feliz. Amém.
Dom Eduardo Benes
Bispo diocesano de Lorena/SP
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
Campanha da Fraternidade
Campanha da Fraternidade
- 2010 -
Francisco de Assis Correia
Seu tema: Economia e vida
Seu lema: "Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro" (Mt, 6,24)
É a terceira Campanha da Fraternidade Ecumênica.
A primeira foi em 2000, com o tema: "Dignidade Humana e Paz"; e o lema: "Novo Milênio sem exclusões".
A segunda foi em 2005, com o tema: "Solidariedade e Paz"; e o lema: "Felizes os que promovem a Paz".
É Ecumênica, porque reúne o trabalho das Igrejas que fazem parte do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC); : Igreja Católica, Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Igreja Presbiteriana Unida do Brasil e Igreja Sírian Ortodoxa de Antioquia.
"O que move as Igrejas a agir é a graça, o amor de Deus e o testemunho de sua fé em Jesus Cristo".
O objetivo geral da CFE (Campanha da Fraternidade Ecumênica) deste ano é: "Colaborar na promoção de uma Economia a Serviço da Vida, fundamentada no Ideal da Cultura da Paz, a partir do esforço conjunto das Igrejas Cristãs e de pessoas de boa vontade, para que todos contribuam na construção do bem comum em vista de uma sociedade sem exclusão".
Ela busca inspiração na Fé Cristã para fomentar uma economia que atenda às necessidades básicas de todos os seres humanos.
Por isso, seus objetivos específicos são:
- "sensibilizar a sociedade sobre a importância de valorizar todas as pessoas que a constituem.
- buscar a superação do consumismo, que faz com que o "ter" seja mais importante do que as pessoas.
-criar laços entre as pessoas de convivência mais próxima em vista do conhecimento mútuo e da superação tanto do individualismo como das dificuldades pessoais.
-mostrar a relação entre fé e vida, a partir da prática da justiça, como dimensão constitutiva do anúncio do Evangelho.
-reconhecer as responsabilidades individuais diante dos problemas decorrentes da vida econômica em vista da própria conversão" (CFE, 19).
Esses objetivos, no texto-base, são trabalhados em quatro níveis: social, eclesial, comunitário e pessoal.
O mesmo está dividido em cinco partes:
- introdução: A vida em primeiro lugar
-a vida ameaçada
- economia para a vida
-promover a vida
- conclusão
E o texto se encerra com um rico comentário ao Pai-Nosso, lido e rezado à luz do tema da CFE 2010.
Comentarei a seguir o referido texto, parte por parte.
2. A Vida em Primeiro Lugar
Este é o titulo da Introdução do texto-base.
Começa contrapondo a dádiva da vida e a lógica do mercado. Diante da primeira, importa, saibamos ser agradecidos; diante da segunda, importa tenhamos consciência de que há valores que “não se podem nem se devem vender e comprar”.
“A dádiva nos introduz num círculo onde tudo é graça e solidariedade”. Mas, também, de interdependência mundial e corresponsabilidade mútua.
Precisamos de uma economia que sirva à vida e não de vida a serviço da economia. Esta não é autônoma. Ela tem “a obrigação moral de garantir oportunidades iguais, satisfazer as necessidades básicas das pessoas e buscar a justiça”.
É dentro desta perspectiva que se examina, por exemplo, o valor econômico da água. Essa não é uma mercadoria. Ela tem dimensão de direito humano, caráter vital, sagrado.
O mesmo critério estende-se ao Planeta Terra, diante do qual importa o cuidado, a preservação e o respeito.
Felizmente, crescem, hoje, iniciativas a favor da vida, dos desamparados, do desenvolvimento sustentável e do ponto de vista social e ecológico.
3. A Vida Ameaçada
A primeira parte do texto-base corresponde ao ver a realidade, tal como ela se apresenta. Esta se revela com o número incontável de pobres, tanto no Brasil como no mundo em geral; de desigualdade, de indigência.
Os pobres não são apenas destinatários da compaixão das Igrejas. É preciso promover, com urgência e eficiência, os direitos dos pobres, facilitar-lhes o ingresso na cidadania plena: valorizá-los, ser ouvidos, levados a serio...
O sonho de todas as pessoas é desfrutar de uma vida longa, saudável e criativa. “Isso é um direito universal e uma necessidade que implica o bem de toda a sociedade”.
Obstáculos a serem superados: o individualismo, a falsa ética utilitária, o consumismo, o lucro excessivo, a acumulação da riqueza, a fome, a desnutrição, a pobreza, o desenvolvimento equilibrado, a valorização do patrimônio em detrimento a vida dos pobres, a escravidão dos trabalhadores, a dívida interna e externa, a dívida social, a falta da reforma agrária, a corrupção, a degradação do meio ambiente, a deterioração do trabalho, a privação de direitos fundamentais...
4. Economia para a vida
Trata-se da segunda parte do texto-base. Momento do julgar, à luz da fé cristã, a realidade encontrada.
À luz do lema proposto: “Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro” (Mt 6,24), somos convidados a escolher entre “os valores dos planos de Deus e a rendição diante do dinheiro, visto como valor absoluto dirigindo a vida. O problema não é o dinheiro em si mas o uso que dele se faz”.
Por isso, é necessário haja um sistema econômico para todas as pessoas conforme o plano de Deus que quer o bem de todos. Ou “vivemos solidariamente como irmãos ou seremos todos infelizes num mundo trágico”. E, de acordo com a Palavra de Deus, o trabalho apresenta uma escala de prioridades em quatro dimensões: social, comunitária, pessoal e eclesial e da pratica religiosa (nº72).
Vemos pela bíblia como Deus repartiu a terra fraternalmente entre as tribos; como Ele quer o trato, o cuidado e o desvelo para com a terra; como Ele quer justiça para os pobres; como Ele proíbe empréstimo com juros; Ele quer que os trabalhadores sejam respeitados em sua dignidade; no Reino de Deus a lei é a solidariedade; Deus quer ser amado e servido nos pobres...
5. Promover a Vida
A terceira parte resume o agir no promover a vida. Isto é:
- no âmbito social, servir a Deus e não ao dinheiro exige a promoção de políticas que dêem a todos o direito de desenvolver seus talentos e viver dignamente.
- no âmbito comunitário estar atentos ao que acontece à nossa volta e militar em todas as frentes.
- no âmbito eclesial, servir mais a Deus e ao próximo, estando a serviço das causas sociais.
- no âmbito pessoal, educar-se e educar para o respeito ao direito de todos, para o cuidado responsável com o planeta, para a resistência às seduções do consumismo, para valorizar cada um pelo que é, pelo potencial que tem e não por aquilo que possui como riqueza material. Nesse espírit, devemos estar preparados para o protesto profético sempre que for necessário.
O texto denuncia a perversidade de todo modelo econômico que vise em primeiro lugar o lucro, sem se importar com a desigualdade e miséria, fome e morte”.
Afirma que “a economia deve sustentar a qualidade da vida de todas as pessoas no limite das condições sustentáveis ao Planeta e deve servir ao bem comum, universalizando os direitos sociais, culturais e econômicos”.
Busca “linhas de compromisso concreto de ação para que a riqueza e a política econômica sejam colocadas a serviço do desenvolvimento integral de toda sociedade brasileira e da humanidade. Sem passar a ações bem concretas na vida de cada pessoa e da política de Estado, sem dar novos rumos às metas e finalidades da organização da economia, toda boa intenção e todo bom discurso moral se tornam vazios”.
Conclama a todos para ações sociais e políticas capazes de implantar um modelo econômico de solidariedade e justiça para todas as pessoas”.
Destaca “a importância da ação coletiva para a transformação social. O dialogo permanente e a articulação das forças sociais, a colaboração entre Igrejas e sociedades etc ...”.
Tratando do ecumenismo e da opção pelos pobres como “adesão livre ao mandamento do Senhor”, o texto brinda-nos com esta máxima: “O cristão é um servidor não alguém que recorre a Deus em busca de favor” (nº109).
Propõe ainda: educação para a solidariedade, desenvolvimento de processos de educação popular, dar testemunho de solidariedade, educar os indivíduos na sociedade da abundancia e do consumismo, optar por uma economia do bem comum e do suficiente, economizar de modo responsável (não como um avarento), reutilizar, reciclar, respeitar com gratidão os dons de Deus e doar com generosidade serviços e bens para socorrer e promover os necessitados...
O texto atualiza, também, o que hoje, é estar do lado dos pequenos:
-não é somente dar esmola ou distribuir comida
-é criar consciência dos direitos e incluir na cidadania
-valorizar o trabalho
-inventar novas formas de trabalho produtivo
-integrar todas as pessoas em atividades remuneradas
-e exigir a proteção social para as pessoas em necessidade
Propõe, ainda, lutas que visem a conquista da emancipação do ser humano e do trabalho (com seis propostas concretas), criar um novo conceito de sistema bancário, políticas públicas e seguridade social (com seis propostas concretas), preservação do meio ambiente e reforma agrária.
*Padre Professor Doutor. Leciona no Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto (CEARP), em Brodowski - SP
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
HISTÓRIA DE SÃO TARCÍSIO
HISTÓRIA DE SÃO TARCÍSIO
Tarcísio pertencia à comunidade cristã de Roma, era acólito, isto é, coroinha na igreja. No decorrer da terrível perseguição do imperador Valeriano, muitos cristãos estavam sendo presos e condenados à morte. Nas tristes prisões à espera do martírio, os cristãos desejavam ardentemente poder fortalecer-se com Cristo Eucarístico. O difícil era conseguir entrar nas cadeias para levar a comunhão.
Nas vésperas de numerosas execuções de mártires, o Papa Sisto II não sabia como levar o Pão dos Fortes à cadeia. Foi então que o acólito Tarcísio, com cerca de 12 anos de idade, ofereceu-se dizendo estar pronto para esta piedosa tarefa. Relativamente ao perigo, Tarcísio afirmava que se sentia forte, disposto antes morrer que entregar as Sagradas Hóstias aos pagãos.
Comovido com esta coragem, o papa entregou numa caixinha de prata as Hóstias que deviam servir como conforto aos próximos mártires. Mas, passando Tarcísio pela via Ápia, uns rapazes notaram seu estranho comportamento e começaram a indagar o que trazia, já suspeitando de algum segredo dos cristãos. Ele, porém, negou-se a responder, negou terminantemente. Bateram nele e o apedrejaram. Depois de morto, revistaram-lhe o corpo, nada achando com referência ao Sacramento de Cristo. Seu corpo foi recolhido por um soldado, ocultamente cristão, que o levou às catacumbas, onde recebeu honorifica sepultura.
Ainda se conservam nas catacumbas de São Calisto inscrições e restos arqueológicos que atestavam a veneração que Tarcísio granjeou na Igreja Romana. Tarcísio foi declarado padroeiro dos coroinhas ou acólitos, que servem ao altar. Mais uma vez encontramos a importância da Eucaristia na vida do cristão e vemos que os santos existem não para serem adorados, mas para nos lembrar que eles também tiveram fé em Deus. Eles são um exemplo de fé e esperança que deve permanecer sempre com as pessoas. Então, a exemplo de São Tarcísio, estejamos sempre dispostos a ajudar, a servir. Se cada um fizer a sua parte realmente nos tornaremos um só em Cristo.
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Jesus no deserto
Jesus no deserto
Neste primeiro domingo da Quaresma o deserto nos é apresentado como o lugar da tentação, da provação e da intimidade com Deus. É o início da nossa peregrinação para a Páscoa.
O Evangelho coloca em primeiro plano a fé que enfrenta o projeto diabólico da construção de uma humanidade sem os valores do Reino de Deus. Jesus se faz o guia de um povo novo que somente a Deus adora. Como exercício quaresmal a Campanha da Fraternidade abre nossos olhos para uma economia solidária, como alternativa da busca do lucro pelo lucro. A vida para todos vem em primeiro lugar. Só assim podemos vencer a tentação do consumismo, do ídolo do dinheiro e do lucro.
O Espírito encontra-se com Jesus no deserto. É o mesmo Espírito que acompanha o povo de Deus na sua caminhada para a Páscoa, ensinando-o a escutar a Palavra e a destruir os ídolos.
O tentador desafia a Jesus: “se tu és o Filho de Deus...” Pelas suas atitudes, Jesus vive a sua filiação divina, buscando a vontade do Pai. Assim, o tempo do deserto e o jejum prolongado, longe de enfraquecer Jesus, revelam a disponibilidade de Jesus diante do Pai. Ele será o portador da Palavra que salva. Uma palavra que não pode ser desperdiçada falando às pedras e transformando-as magicamente em pães para Ele mesmo.
Jesus é Senhor, mas não se deixa vencer pela vaidade, pela sedução do poder. Ele é senhor de uma humanidade nova capaz de servir por amor. De fato, Ele revela a face misericordiosa do Pai que cuida de todos os seus filhos e filhas.
Com Jesus aprendemos a direcionar toda a nossa existência pela Palavra de Deus. Quem se deixa guiar pela Palavra vence as tentações.
Nada, portanto, pode substituir a Deus. “Está escrito: Adorarás o Senhor teu Deus, e a ele só servirás” (Dt6,13).
Dom Joviano de Lima Júnior,sss
Arcebispo Metropolitano de Ribeirão Preto
Fonte:Arquidiocese de Ribeirão Preto
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